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Qual é o papel da cirurgia no câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é a décima segunda causa mais comum de câncer, e ocupa a sétima causa de óbito por câncer no mundo. Isto vem da gravidade da doença por si, da dificuldade no seu diagnóstico ainda em sua fase inicial, quando suas chances de cura são maiores, e sua baixa taxa de resposta a tratamentos quimioterápicos. Geralmente acomete pacientes em torno de 50-70 anos, e estes pacientes muitas vezes carregam consigo outros problemas de saúde e isto tem que ser levado em consideração para decisão do melhor tratamento a cada paciente individualmente.

Trata-se de uma cirurgia desafiadora, tanto para o cirurgião quanto para o paciente que sofre essa cirurgia. O procedimento traz consigo risco de complicações pós-operatórias inerentes ao porte da cirurgia, devido à complexidade da mesma e aos eventuais problemas de saúde do paciente. Apesar dos importantes avanços em radioterapia e quimioterapia, o principal tratamento que oferece uma intenção de cura para casos selecionados ainda é a cirurgia, principalmente nos pacientes com lesões iniciais. 

A cirurgia para o câncer de pâncreas pode mudar bastante com a localização do tumor no pâncreas, com o acometimento ou não de estruturas ao redor do pâncreas, assim como se será feita pela via convencional (por laparotomia ou técnica aberta), ou por via minimamente invasiva (vídeo-laparoscopia ou robótica). Ambas as formas podem ser feitas desde que os preceitos de uma cirurgia oncológica adequada sejam rigorosamente obedecidos, e que haja segurança ao paciente durante o procedimento, com eventuais necessidades de conversão de vias de cirurgia minimamente invasiva para aberta, e que anseios e desejos do paciente sejam amplamente respeitados para esta decisão. À luz do conhecimento atual, a cirurgia do câncer de pâncreas, em casos bem selecionados, persiste como o principal modificador da história natural dessa doença, ou seja, oferecendo chance de cura para casos bem selecionados.

REFERÊNCIAS UTILIZADAS E SUGERIDAS

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Dr. Raphael Araujo

Cirurgião Oncológico do Aparelho Digestivo com ênfase em cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica e robótica)

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